A linguagem chula na aula de idiomas

O lado dirty da língua

Alguém pode considerar-se um verdadeiro bilíngue, caso desconheça o lado “dirty” (chulo) da língua estrangeira que fala, a saber, gírias, palavrões, vocabulário de rua, expressões vulgares, vocabulário depreciativo ou preconceituoso, etc.? Ou sendo “dirty” é melhor ignorar, pois não faz falta nenhuma às pessoas cultas e educadas?
Caso julgue interessante ou indispensável conhecer, como se fará o estudo desse registro linguístico: ocasionalmente, regularmente durante um curso normal ou vale mesmo a pena abordá-lo num curso totalmente direcionado a essa linguagem?

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13 comentários:

Unknown disse...

A linguagem usada por cada um tem a ver com personalidade. Diante disso, um indivíduo que não usa linguagem chula na sua língua materna, também não usará quando falar um idioma estrangeiro. A não ser que um dia tenha que conviver com estrangeiros que falem ou venha a trabalhar em áreas onde tal linguajar é utilizado (ex. cinema, polícia, etc.) - e isso não se pode prever: nessa hipótese, ele necessitará aprender esse “lado da língua”, pois a compreensão desse modo de falar se tornará indispensável.

Unknown disse...

Será que existe algum falante nativo que ignore o lado “dirty” da língua? Com certeza, não. Mesmo os raríssimos que NUNCA falam palavrão entendem todos. Desde a infância. Isso quer dizer que os que pretendem ser perfeitos bilíngues têm que CONHECER o linguajar chulo no idioma estrangeiro que adotaram. Falar é opção. Conhecer é de bom tom. Para os perfeccionistas e professores de idiomas é obrigação.

Nadir disse...

O cantor-compositor Michael Jackson se viu em apuros por ter utilizado na música "They don't care about us" dois termos considerados ofensivos à comunidade judaica, chegando a ser hostilizado numa visita a Israel. Alegou que nunca foi a sua intenção ofender ninguém. Todo artista visa popularidade e vender seu trabalho, o que faz crer que ele não esperava tal repercussão. Retratou-se retirando os discos distribuídos nas lojas de todo o mundo e substituindo-os por outros com a letra da música modificada, tudo às suas próprias expensas. Se um falante nativo comete gafes, o que não podemos esperar de um falante estrangeiro? Por isso, ao meu ver, estudar o lado "dirty" da língua é um "must" para considerar-se bilíngue.

Unknown disse...

Muitas pessoas fluentes numa língua estrangeira admitem ter que ler legendas ao assistir um filme na língua estrangeira que falam ou não entender as músicas sem ter as letras em mãos. Isso se deve, em parte, ao desconhecimento do lado “dirty” da língua. Tais pessoas também ficarão sem entender as piadas, os jogos de palavras e trocadilhos na língua estrangeira que falam.

Unknown disse...

É preciso ter tato. Uma música que contenha alguns termos vulgares é um bom começo. Depois de explorar a letra, o professor poderá avaliar o interesse do(s) aluno(s) por esse tipo de linguagem. O professor deverá chamar a atenção sobre a importância de conhecer esse vocabulário. No entanto, não deverá “forçar a barra”, caso encontre resistência. (Outras opções: um vídeo curto ou um texto, preferencialmente de autores renomados, para garantir a seriedade do trabalho).

Juan disse...

Tudo vai depender da maturidade das pessoas envolvidas, aluno(s) e professor, para que uma aula desse tipo flua sem constrangimento. Numa situação dessas, a maneira como se fala torna-se muito mais importante do que aquilo que se fala.

Unknown disse...

Bom senso é fundamental nessa questão tão delicada! Não é à toa que os manuais de ensino de línguas estrangeiras não abordam o registro de língua chulo. No máximo, a linguagem familiar é abordada. Os autores não podem correr riscos! Por outro lado, os manuais de “Dirty English”, “Dirty French”, “Dirty Portuguese”, etc. abundam no Amazon.com. (Usei o verbo “abundar” de propósito: falantes estrangeiros do Português que desconhecem o “Dirty Portuguese” não sabem nem entendem porque esse verbo deve ser evitado.)

Unknown disse...

Muitos bilíngues se aventuram com os manuais de “dirty language”. No entanto, esses livros não dão conta da pronúncia e entonação peculiares a esse registro linguístico. O bilíngue já habituado com a entonação e pronúncia da norma culta da língua, mesmo após tomar conhecimento dessas expressões através dos manuais específicos, poderá não reconhecê-las quando ouvi-las numa música, num filme, num programa de televisão ou numa conversa de rua.

Além do mais, há gírias e expressões que caducam com o tempo, ou seja, deixam de ser usadas. Outras novas surgem, sendo imprevisível quais se tornarão linguagem de época e quais ficarão na língua. Os manuais de “dirty language” normalmente são desatualizados.

Por tudo isso, a ajuda de um especialista no assunto é indispensável.

Unknown disse...

A linguagem chula deve ser abordada regularmente em aula de idiomas, desde o início. Assim como todos os outros registros. Para tanto, o professor poderá oferecer ao aluno um texto, uma música, um vídeo contendo uma cena de cinema, de um programa de televisão, de um documentário, etc.

Um exercício interessante é a reconstrução de um documento - seja escrito, visual ou sonoro - num outro ou em vários outros registros (chulo, familiar, neutro, sofisticado, profissional, infantil, etc.). Ilustrando, todos certamente já viram num jornal televisionado, a tradução do linguajar dos criminosos em português neutro, para que todos os telespectadores entendam.

Tudo isso é válido para alunos iniciantes, intermediários ou avançados, desde que os documentos utilizados sejam criteriosamente selecionados.

Anônimo disse...

Quer falando sua língua materna ou uma língua estrangeira, é de bom tom adequar o registro linguístico à situação e ao contexto da comunicação. A título de exemplo:

Silas Malafaia, como amoroso líder dos evangélicos, em sua majestade, teve de rebaixar o seu vocabulário de diplomata e "doutor em divindades" fazendo-se o menor entre os menores dos ímpios a fim de levar a estes pobres despossuídos de educação e cultura formal um pouco da sua sabedoria gospel!

Fica a orientação bíblica de Silas Malafaia aos crentes:
• Sempre que se dirigir a seus irmãos de fé faça uso de uma linguagem educada e pontuada por expressões gospel. Contudo,
• ao se dirigir a não-evangélicos (ímpios, em crentês) o recomendado é fazer uso abusivo de palavrões e expressões típicas de malandros e bandidos, pois quem não é evangélico só entende esta linguagem torpe.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/01/silas-malafaia-orienta-crentes-usarem.html#ixzz2U4OoH1Ms

Unknown disse...

Uma aula ou um curso de “dirty language” supõe um entendimento prévio entre aluno(s) e professor.

Seria, por exemplo, inapropriado para um aluno aparecer de repente na aula com um manual de “dirty language” e pedir ajuda à professora ou solicitar que a partir de então as aulas fossem baseadas em tal manual.

O professor também, como já foi dito, precisa ter as suas precauções.

Isso me faz lembrar uma aula de francês que tive na adolescência. Um dos alunos da turma pediu ao professor que ensinasse palavrões em francês. Ele transferiu a responsabilidade para os alunos da seguinte maneira: “Fala um em português que eu traduzo em francês.” (Vale disser que o professor era intransigente com o uso do português na sala de aula). E foi assim que aprendi palavrões em francês. A estratégia deu certo naquele momento com aquela turma.

Unknown disse...

Quanto a um curso específico para esse tipo de linguagem, seria válido para alunos de nível avançado. Seria insensato ensinar só linguagem chula a iniciantes.

No caso do curso específico, o professor não precisaria se preocupar sobre um eventual impacto que poderia causar sobre o(os) aluno(s), pois este(s) estaria(m) inscrito(s) no curso por espontânea vontade e não teria(m) do que reclamar.

IDIOMASTER disse...

Quer aprender “dirty language” no idioma estrangeiro da sua preferência? Venha para a IDIOMASTER! Temos professores especialistas e atualizados em “dirty language”, inclusive falantes nativos, que abordarão o assunto com a seriedade necessária.

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