Grau de dificuldade dos idiomas
Romeno é mais fácil que inglês. E nenhum idioma é mais complicado que o Xóõ
Aprender uma nova língua não é fácil, mas por que algumas
são mais difíceis que outras? Dois motivos. Primeiro, a distância entre elas na
árvore genealógica dos idiomas. Quanto mais próxima, mais fácil de aprender.
Outros critérios contam, como alfabeto e pronúncia. Mas o segundo motivo é
motivação, segundo linguistas e professores. Ela faz a diferença. Ou seja, você
pode até ficar fluente em !Xóõ (pronuncia-se estalando a língua no céu da
boca), mas vai precisar de mais tempo. E muita paciência.
Fácil
Idiomas com mesma origem têm mais semelhanças. As línguas latinas são como primas que cresceram juntas, mas se afastaram. Francês é mais difícil que espanhol e italiano porque teve influência germânica (exemplo: chic vem do alemão schick). E o inglês é a amiga que se enturmou: somos mais suscetíveis a aprender a língua que está em todo lugar.
Espanhol
Número de nativos: 390 milhões
Família latina
Alfabeto latino
Família latina
Alfabeto latino
Italiano
Número de nativos: 80 milhões
Família latina
Alfabeto latino
Francês
Número de nativos: 220 milhões
Família latina
Alfabeto latino
Inglês
Número de nativos: 400 milhões
Famílias germânica
Alfabeto latino
Romeno*
Número de nativos: 24 milhões
Família latina
Alfabeto latino
Aprender a língua do Conde Drácula
não é assim tão difícil. Existem aproximadamente 500 palavras semelhantes ou
até iguais entre romeno e português. Um exemplo é superior, que se escreve e pronuncia da mesma forma.
Médio
Aqui entram idiomas de famílias diferentes, mas quase sempre com o mesmo alfabeto: o latino, o mais usado no mundo. Mesmo línguas de outras famílias ficam mais próximas quando usam o mesmo alfabeto de base. Neste caldeirão de letras latinas, está a maioria dos idiomas da Europa.
Aqui entram idiomas de famílias diferentes, mas quase sempre com o mesmo alfabeto: o latino, o mais usado no mundo. Mesmo línguas de outras famílias ficam mais próximas quando usam o mesmo alfabeto de base. Neste caldeirão de letras latinas, está a maioria dos idiomas da Europa.
Alemão
Número de nativos: 100 milhões
Família germânica
Alfabeto latino
Número de nativos: 100 milhões
Família germânica
Alfabeto latino
Islandês
Número de nativos: 320 mil
Família germânica
Alfabeto latino
Número de nativos: 320 mil
Família germânica
Alfabeto latino
Polonês
Número de nativos: 42,7 milhões
Família eslava
Alfabeto latino
Finlandês*
Número de nativos: 7 milhões
Família fino-permiana
Alfabeto latino
*É uma das raras línguas ocidentais que não deriva do tronco
indo-europeu, mas do urálico (junto com o húngaro e o estoniano). A diferença
aparece principalmente na pronúncia, cheia de vogais. Às vezes lembra o
japonês.
Turco
Número de nativos: 73 milhões
Família turcomana
Alfabeto latino
Número de nativos: 73 milhões
Família turcomana
Alfabeto latino
Grego*
Número de nativos: 13 milhões
Família helênica
Alfabeto grego
*Inspirou o latim, origem da língua portuguesa. É, digamos
assim, um tio-avô. Então, mesmo com um alfabeto diferente, a expressão “tô
falando grego” deveria brincar com outra língua, pois o grego está longe de ser
o idioma mais difícil do mundo.
Difícil
O aprendizado de uma língua passa pela escrita. Aqui nos deparamos com letras, ideogramas e sinais que nos são estranhos. E muitas dessas línguas são tonais, o que dificulta. A palavra vietnamita khao, por exemplo, pode significar “ele”, “ela” ou “branco”, dependendo do tempo levado para falar as vogais.
Vietnamita
Número de nativos: 73 milhões
Família Mon-khmer
Alfabeto Latino
Língua tonal (tem palavras que mudam completamente o significado, dependendo da entonação que se usa para pronunciar)
Número de nativos: 73 milhões
Família Mon-khmer
Alfabeto Latino
Língua tonal (tem palavras que mudam completamente o significado, dependendo da entonação que se usa para pronunciar)
Russo
Número de nativos: 164 milhões
Família eslava
Alfabeto cirílico
Tailandês
Número de nativos: 60 milhões
Família kradai
Alfabeto khmer
Língua tonal
Mandarim
Número de nativos: 885 milhões
Família sino-tibetana
Alfabeto logograma
Língua tonal
Japonês*
Número de nativos: 127 milhões
Família japônica
Alfabeto logograma
Língua tonal
*Assim como no mandarim, aprendizes de japonês precisam
memorizar milhares de ideogramas. São dois sistemas silabários e cinco de
escrita. Haja coração (e memória) para encarar essa língua.
Coreano
Número de nativos: 71 milhões
Família língua isolada
Alfabeto hangul
Língua tonal
Número de nativos: 71 milhões
Família língua isolada
Alfabeto hangul
Língua tonal
Árabe*
Número de nativos: 206 milhões
Família semítica
Alfabeto árabe
Número de nativos: 206 milhões
Família semítica
Alfabeto árabe
*O árabe é tão difícil de aprender a ler que o lado direito
do cérebro (responsável por dar uma leitura geral das letras) fica
sobrecarregado e simplesmente desliga, deixando o lado esquerdo se virar
sozinho.
Quase impossível
O sistema vocal complexo de alguns idiomas exóticos torna a tarefa de aprendê-los quase impossível. O que vai fazer diferença, daqui para a frente, é a determinação e a força no gogó. Há registros de africanos que desenvolveram caroços na laringe por causa do !Xóõ.
O sistema vocal complexo de alguns idiomas exóticos torna a tarefa de aprendê-los quase impossível. O que vai fazer diferença, daqui para a frente, é a determinação e a força no gogó. Há registros de africanos que desenvolveram caroços na laringe por causa do !Xóõ.
Tuyuca
Número de nativos: menos de mil
Família tukano oriental
Número de nativos: menos de mil
Família tukano oriental
Só consoantes simples, poucas vogais nasais e um amplo
vocabulário. Calma que piora: para os indígenas da Amazônia que dominam a
língua, a única forma de afirmar algo é terminando a frase com um verbo (Yoda
tuyuca fala?).
!Xóõ
Número de nativos: 2,5 mil
Família khoisan
Família khoisan
Em Botsuana, na África, as pessoas
conversam usando cliques (estalos feitos com a língua no céu da boca). O
alfabeto é construído com cinco cliques básicos e 17 adicionais.
º º º º º º º º º º º
Credits
The article was posted by: Daniela Kopsch, Felipe van Deursen e
Renata Steffen
Original title: Quais as línguas
mais difíceis de aprender?
Fontes: Neide González, professora de linguística da USP, especializada em aprendizagem de língua estrangeira; Heloísa Salles, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística/UnB; Cláudia Mendes Campos, professora da UFPR; Cambridge Encyclopedia of Language; SIL International.
Fontes: Neide González, professora de linguística da USP, especializada em aprendizagem de língua estrangeira; Heloísa Salles, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística/UnB; Cláudia Mendes Campos, professora da UFPR; Cambridge Encyclopedia of Language; SIL International.
6 comentários:
Me lembro que quando fazia faculdade, uma das disciplinas era LATIM. Era horrível e dificílima. Eu me perguntava: Por que tenho que aprender essa língua, se ela já foi extinta???
Em resposta à pergunta acima, devo dizer à leitora/leitor que LATIM deu origem à Língua Portuguesa – por essa razão, temos que aprender... rsrsrs
Admiro demais essas pessoas que falam 5, 6 ou mais idiomas. Meus parabéns!!! Tenho inveja (branca) deles.
If you speak English, there will be no problem at all. English is an international language. It doesn’t matter where you are. So, rush after an English course!!!
Impossível dizer que tal idioma é mais fácil que outro. As pessoas têm diferentes skills para o aprendizado de língua. Para mim TODOS são difíceis!!! Não tenho aptidão para línguas.
Sou fluente em inglês, “me viro” no francês e entendo 80% da língua espanhola. Meu próximo desafio é alemão – que dizem ser muito difícil. Vou tentar! Gosto de ser desafiado.
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