Expressão escrita: tarefa que deve seguir sempre a expressão oral como dever de casa ou trata-se de uma prática a ser valorizada em sala de aula sob o nariz do professor? Podemos aprender/ensinar a escrever num idioma estrangeiro ou trata-se de um dom exclusivo aos que já escrevem bem em sua língua materna?
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9 comentários:
Em sala de aula ou como trabalho de casa, a tarefa de expressão escrita deve ser pertinente com os conteúdos gramaticais trabalhados no momento.
Expressão escrita para casa, só quando o aluno já tiver uma certa fluência na escrita. Pois é antipedagógico passar deveres, sabendo de antemão que levarão o aluno a cometer muitos erros. Isso desencoraja o aluno... Assim sendo, quando o aluno ainda é debutante na escrita, as tarefas de expressão escrita devem ser realizadas sob o nariz do professor, que poderá ir orientando o aluno, à medida que ele escreve.
É verdade, Ruben, expressão escrita para casa, só quando o aluno já tiver uma certa fluência na escrita. E tem mais: uma vez fluente na escrita, tarefas de compreensão escrita devem ser evitadas em sala de aula. As aulas devem ser reservadas para tarefas que não podem ser executadas sem a presença do professor. O aluno autônomo na escrita vai se sentir sozinho durante o tempo que gasta escrevendo, vai achar a tarefa inútil, pois não terá acrescentado grande coisa. Só na hora da correção, aprenderá com os erros cometidos, mas como serão poucos, não terá a impressão de ter aprendido muito.
A Juliana tem razão em enfatizar a pertinência do tema da expressão oral com os conteúdos trabalhados. Assim, o aluno estará motivado, além de colocar em prática as novas noções gramaticais trabalhadas.
Complementando as colocações da Juliana e do Joaquim, o tema da expressão oral deve ser bem "amarrado". Tema livre só quando o aluno, por iniciativa própria, trouxer para o professor alguma coisa que lhe deu na telha de escrever. Professor dedicado não recusa, aproveita o texto para fazer uma revisão com o aluno. Mas quando a proposta da tarefa escrita parte do professor, o enunciado deve ser claro e preciso para orientar o aluno e evitar que ele vague em territórios gramaticais e lexicais desconhecidos. Tais territórios tendem levar o aluno a traduções ao pé da letra e o resultado é uma redação desconexa, com forte influência da língua materna, onde o novo idioma só é reconhecido nas palavras usadas.
Uma pessoa pode redigir mal na sua língua materna por falta de prática ou falta de base na própria língua. Isso não quer dizer que repetirá o mesmo padrão numa língua estrangeira, pois trata-se de outro momento e de outra circunstância. É mesmo possível redigir melhor na sua língua materna ao estudar seriamente um novo idioma. O diferencial fica por conta dos professores de língua materna/língua estrangeira, sendo que o fator "motivação" é de primeira importância nos dois casos.
É verdade, Juan. Estudar uma língua estrangeira pode levar o aluno a perceber o funcionamento da sua própria língua. A recíproca também é verdadeira: o conhecimento do funcionamento da língua materna facilita a aprendizagem de uma língua estrangeira. A correlação é intuitiva. Nos dois casos, trata-se de um trunfo e não de uma condição sine qua non.
A melhor maneira de ensinar a escrever, quer seja na língua materna ou numa língua estrangeira, é aguçar no aluno o gosto pela leitura. Através da leitura, aprende-se, de maneira inconsciente, vocabulário, ortografia, estruturas, pontuação, concordância nominal e verbal, regência, o uso de preposições, tempos verbais, etc. Assim sendo, ao abordarmos esses pontos gramaticais detalhadamente, a experiência da leitura tornará tudo mais fácil, pois será o lado prático exemplificando e apoiando a teoria.
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