Professor falante nativo

Condição sine qua non para se tornar um perfeito bilíngue?

Há alunos que só aceitam estudar uma língua estrangeira, se o professor for um falante nativo. Trata-se de uma exigência inteligente? 

A performance de um aluno será indubitavelmente melhor se o seu professor for um falante nativo: falácia ou verdade incontestável?

Estudar com um falante nativo garante uma performance perfeita, tal qual a do professor?

Onde termina a realidade e onde começa o mito?

Compartilhe conosco as suas experiências e opiniões.

10 comentários:

Unknown disse...

Não existe a menor dúvida de que um falante nativo fala o idioma fluentemente sem fazer erros “de estrangeiros” e tem sotaque e entonação de sua língua materna, além do domínio perfeito das expressões idiomáticas. Tudo isso ajuda o aluno a familiarizar-se com o sotaque e linguajar dos nativos e a entender filmes, músicas, espetáculos, etc. na língua estrangeira estudada.

Unknown disse...

Ora, se a supremacia do falante nativo é inquestionável, por outro lado, o professor não nativo é um especialista na língua estrangeira, que além de ter-se dedicado a atingir o nível de performance do falante nativo, refletiu muito sobre a língua. Já o falante nativo, normalmente, não tem a experiência de reflexão sobre o funcionamento da língua materna. Faz um uso inconsciente da língua e isso resulta em explicações imprecisas e limitadas ao aluno, o que pode ser frustrante, sobretudo para iniciantes.

Nadir disse...

Ora, se os professores não nativos, devidamente formados e diplomados (incluindo aqui a vivência da língua diretamente com nativos), que fizeram da língua estrangeira a sua área de estudos e atuação, não conseguem a performance de um falante nativo, o aluno que estudar com um falante nativo conseguirá?
Exigir um falante nativo como professor de língua estrangeira é uma atitude paradoxal, pois o aluno parece estar acreditando que vai conseguir ir além de todo e qualquer professor não nativo. Em outras palavras, ele sonha em tornar-se uma exceção.

Unknown disse...

Certos alunos, é verdade, exigem o professor nativo com a esperança de vir a dominar o idioma estudado como ele. É uma crença que existe, principalmente, entre os iniciantes. No entanto, não é o caso da maioria. Os alunos apaixonados por determinada língua estrangeira têm na performance do falante nativo a fonte de motivação para seus estudos. Para eles, o prazer em ouvir um nativo é comparável ao prazer de ouvir uma boa música.

Considera-se também que, se a performance de um não nativo sempre tem um toque original da língua materna, é preferível que esse toque seja o seu próprio , ao invés de ser a mera cópia do professor não nativo.

Além disso, se a cópia do não nativo é sempre imperfeita, a cópia da cópia será mais imperfeita ainda.

Unknown disse...

Ser nativo garante fluência, mas não garante suficiente conhecimento da língua materna para poder ensiná-la. Você, leitor brasileiro, conhece todas as regras de colocação pronominal da língua portuguesa?

Acontece que o fato de ser professor de português não nativo também não garante esse conhecimento.

Por outro lado, é possível, sim, ser fluente numa língua estrangeira. Mas ter um diploma de professor de língua estrangeira não é garantia disso.

Concluindo, uma vez preenchidos todos os requisitos abaixo, não importa se o professor é nativo ou não:

1) dominar o idioma que ensina;
2) ser qualificado para ensinar língua estrangeira;
3) gostar do que faz;
4) ser didaticamente competente;
5) ser atualizado pedagogicamente, principalmente, no que diz respeito às mais modernas abordagens de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras;
6) ter um mínimo de conhecimento de linguística comparada;
7) ter um mínimo de conhecimento de fonética;
8) ter um bom nível cultural.

Unknown disse...

De acordo com o linguista britânico David Graddol: “O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma. Também é preciso ser altamente capacitado e ter um ótimo domínio do idioma, claro”.

Observem que ele não faz distinção entre falante nativo ou não nativo. Simplesmente observa a importância de conhecer também a língua materna do aluno.

Unknown disse...

O conceituado linguista britânico David Graddol, ao afirmar que "O melhor professor é aquele que fala a língua materna de quem está aprendendo o idioma", deve ter considerado o fato de que o professor de línguas estrangeiras deve entender bem as dificuldades de seus alunos para acelerar o processo de ensino-aprendizagem. Quando o professor conhece a língua materna de seus alunos, ele poderá lançar mão da gramática comparada, no momento de preparar as suas aulas, e enfatizar os pontos de contraste entre as duas línguas, sejam estes gramaticais, lexicais ou fonéticos.

O professor não nativo tem um trunfo a mais aqui, pois passou pela experiência de ser aluno da língua estrangeira que ensina e sabe as dificuldades que os seus compatriotas enfrentam para aprender tal idioma. Isso pode representar economia de tempo de estudo e, consequentemente, de dinheiro.

Por outro lado, há alunos que partem para o estrangeiro e voltam falando o novo idioma fluentemente. Frequentemente, participam de um programa de intercâmbio ou se inscrevem num curso de idiomas local. Aprendem, portanto,a segunda língua, sem nenhuma referência à língua materna.

Conclui-se, assim, que não se pode generalizar nada. Cada caso é um caso. Cada aluno tem seu perfil, assim como cada professor.

Aline disse...

Quando o professor de idiomas não fala a língua materna do aluno, este precisa se esforçar bastante para se fazer entender . E isso gera conversação espontânea e acelera a aprendizagem. Por outro lado, pode ser frustrante para um aluno – sobretudo para um iniciante – não conseguir ser entendido pelo seu professor. O professor que fala a língua materna do estudante saberá sempre o que o aluno quer dizer. E isso aliviará tensões e também impulsionará a aprendizagem.

Altamente frustante é quando o aluno passa a aula inteira sem entender o que o professor fala. Essa situação pode ocorrer quando o professor falante nativo não fala a língua de seu aluno iniciante no novo idioma.

Bruno disse...

Professores não nativos falam com sotaque? Os nativos também. Normalmente, os professores nativos têm um sotaque regionalizado, de acordo com a região onde nasceram ou foram criados. Enquanto que os não nativos apresentam o sotaque da língua padrão.

Seja como for, é possível chegar muito perto da performance de um falante nativo e pode-se conseguir isso estudando com um professor não nativo.

IDIOMASTER disse...

As considerações aqui feitas são justas tanto de um lado, quanto do outro. Por isso, a IDIOMASTER conta, no seu quadro de professores, tanto com professores nativos quanto com professores não nativos. Procuramos distribuir nossos professores de acordo com o perfil dos alunos, no entanto levamos em consideração a preferência do aluno, cujos anseios devem ser satisfeitos para que as condições de aprendizagem atinjam a excelência.

Promovemos a interação entre os nossos professores, possibilitando, assim, um intercâmbio cultural e linguístico, que se desenvolve num ambiente fraterno e cooperativo. Nossos professores estrangeiros aprendem o português com os nossos professores brasileiros. Nossos professores estrangeiros garantem a atualização permanente de nossos professores brasileiros, tanto na língua, quanto na cultura estrangeira.

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