A cultura estrangeira no ensino de idiomas

Integrando idioma e cultura

O ensino de um idioma deve ser integrado com a cultura, para que a aprendizagem
seja mais significativa para o aluno. Comunicar-se numa língua estrangeira implica
relações sociais, onde o intercâmbio cultural é inevitável. O aluno, além de aprender
o novo idioma, deve saber questionar as suas próprias representações sobre sua própria 
cultura e sobre a(s) cultura(s) da língua estrangeira estudada.

A afirmação acima tem por finalidade desencadear uma discussão entre os nossos leitores.

Esperamos que as contribuições sejam numerosas para o enriquecimento de nosso blog.

Com vocês, a palavra!

6 comentários:

Bruno disse...

Língua sem cultura é língua morta. Há quem diga que foi por isso que o esperanto não deu certo. No entanto, discordo quando um professor de idiomas apresenta a cultura do país estrangeiro como sendo o máximo e a nossa cultura brasileira como sendo um lixo. Isso é perigoso, principalmente quando o público é infantil ou adolescente. Isso leva a falsas representações tanto da cultura estrangeira quanto da nossa. E à falta de alta estima como cidadão brasileiro. A verdade é que todos os países têm vantagens e desvantagens.

O Brasil é maravilhoso! Aprender uma língua estrangeira amplia os horizontes de qualquer ser humano, mas vamos pisar no chão e valorizar nossa riquíssima cultura brasileira.

"Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza..."

Marina Aparecida disse...

A cultura de um país é formada por pessoas diferentes, de diferentes níveis sócio-econômicos e com aspectos regionais e culturais diversos. Uma mesma sociedade abriga uma miscelânea de comportamentos e costumes. Assim sendo, não existe cultura melhor ou pior que outra, mas tão apenas maneiras diferentes de viver. Durante a aprendizagem de uma língua estrangeira, não podemos deixar de abordar esses aspectos que nos enriquecem individualmente como seres humanos. Isso facilitará o intercâmbio com pessoas oriundas de culturas diferentes das nossas.

Unknown disse...

O que ocorre é que as línguas estrangeiras mais estudadas (como o inglês, o francês, o alemão) são faladas nos países de primeiro mundo. Isso leva o aluno a pensar que a cultura desses países economicamente dominantes é superior à dele. Exemplo disso é quando o estudante/falante de determinado idioma estrangeiro quer ter uma pronúncia perfeita e adota os maneirismos do falante daquela língua. E a alienação parece não ter limites: há quem force um sotaque de estrangeiro ao falar sua língua materna, o português. Você já viu alguém assim? Trata-se do completo abandono da própria identidade cultural.

Marina Aparecida disse...

Concordamos que, ao ensinar/aprender uma língua estrangeira, é fundamental abordar os aspectos culturais dos países onde o novo idioma é falado. Por outro lado, se há países economicamente dominantes, devemos manter-nos fiéis à nossa própria identidade cultural, pois se as culturas são inegavelmente diferentes, nenhuma é superior à outra.

Nadir disse...

Nem toda pessoa que visa uma pronúncia perfeita no idioma estrangeiro é um alienado cultural. Não podemos esquecer que existem os perfeccionistas. Eu sou uma! Dedico-me de corpo e alma ao estudo do inglês e do francês. Quero ser perfeita nos dois. Porém, não tenho o mínimo interesse em copiar qualquer outra coisa da cultura americana ou da cultura francesa. Quero sim, me informar sobre os países onde essas duas línguas que adoro são faladas. Para o inglês, não somente os EUA, mas também, o Reino Unido, a Irlanda, a Austrália, o Canadá, a África do Sul, Filipinas, Singapura, Maurícia, Índia, Bangladesh, Nova Zelândia, Jamaica... Para o francês, não somente a França, mas também, a Bélgica, a Suíça, o Canadá, Madagáscar, Camarões, Senegal, Haiti...

Quando trabalhamos com turismo (hotéis, comércio para turistas, companhias aéreas, agências de turismo, etc.), recebemos clientes de todos esses países.

Por ser perfeccionista, comentei no post “Abrindo Portas” que não gosto de professor que não corrige os erros do aluno, dizendo que o que importa é a comunicação.

No que diz respeito à minha querida língua portuguesa, eu também me empenho em sempre me atualizar. Aqui também, eu sou perfeccionista!

Cuidado, então, com os preconceitos!

Marina Aparecida disse...

Parabéns, Nadir, por se interessar pela anglofonia e pela francofonia como um todo, aspecto muito importante no nosso mundo globalizado! Você nos dá a impressão de já trabalhar com turistas. Em caso afirmativo, com certeza é uma profissional muito bem-sucedida, além da possibilidade ter amigos nos quatro cantos da Terra.

A sua mensagem me fez pensar em duas definições de cultura que se complementam:

"Cultura é todo comportamento humano-cultural, transmissão social... Cultura é saudação dirigida a alguém ... é a forma de educar a prole ... é o modo de vida da sociedade ... Cultura é um termo que dá realce aos costumes de um povo." (ULLMANN, Runholdo Aloysio)

"Preparar o homem para as atividades públicas para funções que exigem a arte da palavra e da escrita." (FOLLIET, Joseph)

Quanto aos seus comentários sobre o perfeccionismo de certos alunos, a IDIOMASTER possui inúmeros desses alunos, muitos deles, ESTRANGEIROS QUE QUEREM FALAR PORTUGUÊS COMO UM BRASILEIRO.

A propósito, nossos professores de português são todos formados pela Faculdade de Letras, sendo também habilitados a dar aulas da língua nacional para brasileiros, preparando-os para concursos, por exemplo.

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